Não há novidade que os aglomerados de pessoas ajudam a disseminar as doenças transmitidas por vírus e bactérias. Diante disso, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) fez um alerta esta semana para o que ela chama de “coquetel explosivo”, que pode contribuir para espalhar ainda mais o zika vírus pelo país. De acordo com os médicos ligados à SBI, o “coquetel explosivo” do Carnaval inclui as grandes aglomerações de pessoas, em geral com poucas roupas e mais vulneráveis às picadas do Aedes aegypti, além da possibilidade de chuvas, maior quantidade de lixo nas ruas e, com isso, mais chance de potenciais criadouros do mosquito.
Junto a isso, vem o aumento do número de relações sexuais sem proteção e risco de gestações indesejadas justamente nos locais de maior incidência do vírus. O alerta da SBI se soma a um comunicado da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS, escritório regional nas Américas da Organização Mundial da Saúde), que nesta segunda-feira (18) relatou aumento de casos da síndrome de Guillain Barré em países com epidemias de zika. Em julho de 2015, na Bahia, 42 pessoas foram confirmadas com a doença, que causa problemas neurológicos.