A vacinação contra a Covid-19 completa um ano na Bahia, nesta quarta-feira (19). Um ano em que os casos graves da doença e o número de óbitos em decorrência dela diminuem progressivamente, mesmo com o novo período de alta dos registros no estado.
A mesma análise é feita pela secretária de Saúde da Bahia, Tereza Paim. Ela, que também é médica, faz uma comparação sobre a diminuição de internados – mesmo com a população relaxando nas medidas de prevenção do vírus, nos últimos meses.
“Um ano de uma história que a gente fez mudar um panorama. O vírus não saiu, ele continua se espalhando, continua gerando novas cepas, tentando vencer. Mas, desde aquelas quatro primeiras pessoas que foram vacinadas, até o momento, a gente tem visto que, a despeito do espalhamento do vírus, a despeito das pessoas estarem cansadas das máscaras e tentarem aglomerar, o número de internações de UTI pela causa Covid, ela hoje só é mais importante para quem não foi vacinado.
Os quatro primeiros vacinados citados por Tereza são: a enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinho, a idosa Lícia Pereira Santos, a indígena e também enfermeira Deisiane Tuxá e o médico Uenderson Barbosa.
Maria Angélica trabalha na linha de frente da doença, no Instituto Couto Maia. Depois de vacinada, ela chegou a contrair a Covid-19 três dias antes de tomar a segunda dose. Já nesse período, mesmo ainda produzindo os atincorpos, a vacinação foi fundamental para que ela não tivesse estado de saúde grave.
“Hoje faz um ano e graças a Deus eu estou bem. Estou muito feliz, porque estou vendo a população tendo a mesma oportunidade que eu tive, e também a redução do número de internamentos por Covid grave. Isso criou uma grande expectativa de vida, uma esperança para toda a população do mundo todo. Quando eu me vacinei, eu me senti muito honrada, uma responsabilidade muito grande, uma bênção de Deus”, disse Maria Angélica.
A enfermeira precisou se recuperar da doença, para tomar a segunda dose – como é indicado para todas as pessoas. Agora, ela já está com o ciclo vacinal completo, incluindo também a dose de reforço. O médico Uenderson, que também já tomou três doses de vacina, relatou ficar emocionado ao rever as imagens da vacinação.
A Bahia segue agora com a vacinação infantil, para abranger um maior número de imunizados e evitar colapsos no sistema de saúde pública. As aplicações das doses pediátricas começaram no último sábado (15), com uma menina de 10 anos.